Belo Monte, Anúncio de uma Guerra

[postlink]http://canalsubmundo.blogspot.com/2013/09/belo-monte-anuncio-de-uma-guerra.html[/postlink]http://www.youtube.com/watch?v=qmzUNMNNZvgendofvideo
[starttext]"Um filme financiado pelo público, do Xingu para o mundo."

Belo Monte é um projeto de aproveitamento hidrelétrico em terras
indígenas. O projeto contempla um complexo de pelo menos 4 barragens,
2 casas de força, 27 diques, 3 canais de enchimento, 7 canais de
transposição e 1 gigantesco canal de derivação que pretende desviar o
rio Xingu para reservatórios que alagariam cerca de 516 km² da
Floresta Amazônica e propriedades particulares onde o cultivo
predominante é o cacau. Nenhuma terra indígena seria alagada.
Entretanto, Belo Monte transformaria os 100 km da Volta Grande do
Xingu em um trecho de vazão reduzida e isolado, uma vez que os
paredões de concreto da barragem barrariam as aldeias da cidade de
Altamira. Com isso, os indígenas não mais poderiam ir de canoa até
Altamira, uma pratica frequente e necessária para que recebam
tratamentos médicos. Além disso, a construção da barragem é uma ameaça
aos peixes da Volta Grande do rio Xingu. Nove espécies de peixes raros
correm o risco de extinção: Aequidens michaeli, Anostomoides
passionis, Astyanax dnophos, Ossubtus xinguense, Parancistrus
nudiventris, Pituna xinguensis, Plesiolebias Altamira, Simpsonichthys
reticulatus e Teleocichla centisquama. Como se não bastasse essa
tragédia, o peixe representa 90% da proteína ingerida pelo povo local
e é este dado que relaciona Belo Monte a um potencial genocídio. Isto
porque, especialistas e caciques tradicionais prevêem que, ao se
reduzir a vazão do rio na Volta Grande, os peixes morrerão, pois o rio
é pedregoso e tem a sua temperatura elevada em muitos graus quando seu
nível está baixo. Por esse motivo, também a Associação de Pescadores
de Altamira é contra o empreendimento. A falta de peixes terá grande
impacto na economia local e poderá gerar situações de fome.
Atualmente, o empreendedor e o governos federal ignoram por completo
essa possibilidade.

O aumento populacional nas cidades de Altamira, Anapu, Brasil Novo,
Vitória do Xingu, Senador José Porfírio a Uruará representa um dos
mais problemáticos impactos socioambientais do empreendimento, uma vez
que o empreendedor não cumpriu as condicionantes básicas que
preparariam tais municípios para receber a onda migratória. Hoje já é
possível constatar os impactos sofridos por estas cidades em
decorrência da já iniciada migração ocasionada por Belo Monte, tais
como: aumento no índice de violência, prostituição, alcoolismo e
tráfico de drogas. Se formado o lago de Belo Monte, tais municípios
também sofrerão com aumento de doenças de veiculação hídrica e por
insetos, tais como dengue e malária.

"Com Belo Monte Altamira poderá se tornar uma península doente rodeada
por um lago podre sem peixes. (...) Pessoas famintas, sem moradia,
violentas e prostituídas... É um destino triste para a população
local".
Don Erwin Klauter -- bispo da prelazia do Xingu.

Apesar de seu alto custo e grandiosa dimensão, Belo Monte é
considerada um projeto de engenharia ruim e extremamente ineficiente.
Embora possua um potencial de 11.182 Megawatts, Belo Monte não
produzirá mais do que 4.000 Megawatts devido à sazonalidade do rio
Xingu. Além disso, as linhas de transmissão da energia gerada na usina
nunca foram orçadas e seu custo, assim como seu traçado, ainda são uma
incógnita para os brasileiros. Especialistas prevêem que poderá custar
o mesmo valor da obra, ou seja, cerca de R$ 30 bilhões.

Impactos socioambientais foram subdimensionados pelo empreendedor, de
modo que, ao contrário do que os defensores da usina divulgam, a
energia gerada por Belo Monte é, na realidade, caríssima. Este alto
preço se dá, igualmente, por força da alta importância do rio Xingu
como fonte de água, alimentos e, principalmente, devido à preciosidade
dos povos ancestrais que dele dependem para sobreviver.

Então por que construir Belo Monte?

Saiba quais são os verdadeiros motivos da construção desta usina
assistindo ao filme nos cinemas e na internet.

Mais informações:
http://www.belomonteofilme.org[endtext]

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